O Observatório Social do Brasil – São Paulo realizou uma live especial para apresentar um panorama claro e acessível sobre o mandato dos vereadores paulistanos entre 2021 e 2024. A transmissão reuniu dados sobre campanhas eleitorais, gastos de gabinete, produção legislativa e execução de emendas, oferecendo uma visão abrangente de como os recursos públicos foram utilizados ao longo dos últimos quatro anos.
A apresentação começou reforçando o papel do Observatório como uma organização apartidária dedicada ao controle social e à formação cidadã. A partir dessa contextualização, a live avançou para os números das campanhas eleitorais de 2024, que mostraram um aumento expressivo no volume de recursos movimentados. As receitas dos vereadores eleitos ultrapassaram R$ 77 milhões, principalmente provenientes de fundos públicos. O contraste entre campanhas também ficou evidente, tanto na arrecadação quanto na participação de recursos próprios dos candidatos.
Na parte dedicada às despesas, a live destacou que as campanhas somaram mais de R$ 73 milhões em gastos. As principais categorias incluíram atividades de militância, mobilização de rua e despesas com pessoal, que juntas representaram uma fatia relevante do total. Além disso, houve uma expansão significativa nos investimentos em impulsionamento digital, consolidando as redes sociais como um dos principais motores da comunicação eleitoral.
Em seguida, o foco passou para o custo do voto. No total, quase 3 milhões de votos foram computados para eleger os 55 vereadores, o que resultou em um custo médio de cerca de R$ 25 por voto. Ainda assim, houve grande variação entre campanhas, com algumas apresentando custos muito baixos e outras chegando a valores significativamente mais altos. A live também destacou a crescente influência do Quociente Partidário nas eleições de 2024, que ampliou a quantidade de eleitos por meio das votações das legendas.
Depois de analisar o processo eleitoral, a live apresentou os gastos dos gabinetes durante o mandato. Entre 2021 e 2024, foram mais de R$ 56 milhões destinados à manutenção administrativa. A análise apontou rubricas como contratações de pessoas jurídicas, assessorias especializadas, serviços gráficos e despesas com Correios, muitas vezes com valores acima da média. Essa variação levantou questionamentos sobre proporcionalidade e eficiência no uso das verbas públicas.
Outro ponto abordado foi a produção legislativa. No período, os vereadores apresentaram mais de 3.700 proposições, e 803 delas se tornaram lei. A maior parte dessas leis foi classificada como de baixo impacto, principalmente relacionadas a datas comemorativas, homenagens e denominação de logradouros. Em contraste, áreas como transparência e combate à corrupção tiveram participação mínima no conjunto das assinaturas.
A live também esclareceu o funcionamento das emendas parlamentares, explicando suas etapas e mostrando quais órgãos receberam mais recursos no período. Essa parte ajudou a contextualizar como as emendas influenciam políticas públicas e direcionam investimentos dentro da cidade.
Para quem quiser acompanhar todos os detalhes apresentados, para assistir à apresentação completa, basta acessar a live no YouTube do OSB-SP.
E para aprofundar ainda mais a análise, o relatório detalhado também está disponível em nosso site.