Era uma sexta-feira à noite quando Marco Ferrari se deparou com um grupo de voluntários reunido em torno de um objetivo comum: discutir a transparência na gestão pública e o uso correto do dinheiro público em São Paulo. Enquanto muitos encerravam a semana com descanso, aquelas pessoas estavam ali, de forma voluntária, doando tempo, talento e energia para pensar em soluções para a cidade.
“Aquilo me tocou profundamente”, relembra Marco Ferrari.
Com uma carreira de mais de 30 anos no setor privado, Marco Aurélio Ferrari construiu uma trajetória sólida em empresas nacionais, multinacionais e startups. Atuou nas áreas de logística, operações, tecnologia, vendas e supply chain. Foi cofundador de uma startup de tecnologia logística, a I-Track, que liderou desde sua estruturação até a venda para o Grupo MadeiraMadeira. Também participou de processos de fusão e aquisição, liderou equipes, e sempre teve como marca a visão estratégica e a busca por inovação.
Mas nenhum desses cargos ou conquistas, segundo ele, se compara ao impacto humano e social de sua atual missão. “O Observatório Social do Brasil em São Paulo me deu algo que nenhuma multinacional ou startup tinha me oferecido: a oportunidade de servir”, afirma. “De trabalhar por algo que impacta milhares de pessoas, mesmo que de forma silenciosa, todos os dias. Afinal, estamos falando da cidade de São Paulo.”
Desde que assumiu a presidência do Observatório Social do Brasil – São Paulo, Ferrari tem se dedicado a fortalecer a atuação da organização na cidade. Um dos focos é ampliar o conhecimento técnico interno e consolidar parcerias estratégicas para tornar o monitoramento da gestão pública mais eficiente e acessível à população. “Temos um grupo técnico qualificado e cada vez mais articulado. Isso nos permite propor melhorias reais e contribuir para decisões mais responsáveis”, explica.
Apesar dos avanços, os desafios são grandes. Um dos principais, segundo ele, é aumentar a visibilidade do Observatório e alcançar um público mais amplo e diverso. “Queremos que pessoas de todas as idades, raças, bairros e histórias se vejam no nosso trabalho. E também buscamos mais apoiadores e mantenedores para garantir a continuidade e o crescimento das nossas ações.”
Nesses 6 meses de caminhada, Marco diz ter aprendido muito, não apenas sobre finanças públicas e o funcionamento das OSCs, mas também sobre empatia, escuta ativa e a importância de respeitar o ritmo e os processos do setor público. “Mas o que mais me marcou foi ver voluntários se reunindo numa noite de sexta-feira para pensar juntos em como melhorar a cidade. Isso reacendeu minha crença nas pessoas.”
Quando fala sobre o futuro do OSB-SP, ele é direto: “Vejo o Observatório Social do Brasil em São Paulo como um educatório.” O termo, criado por ele, junta educação e engajamento cidadão. “Um espaço onde as pessoas aprendem, participam e se fortalecem para exercer um papel ativo na democracia”. É mais do que fiscalizar. É formar pessoas preparadas para transformar a cidade.
Ficha Técnica:
Nome: Marco Aurélio Ferrari
Cargo: Presidente do Observatório Social do Brasil em São Paulo
Experiência:
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Mais de 30 anos de carreira em empresas nacionais, multinacionais e startups
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Atuação nas áreas de logística, tecnologia, vendas, operações e governança
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Fundador da startup I-Track, vendida ao Grupo MadeiraMadeira
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Conselheiro certificado pelo IBGC e pela Inova Business School
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Atua em conselhos de empresas familiares, startups e organizações sociais
Áreas de interesse: Governança, inovação, cidadania e melhoria da gestão pública
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