“O castigo de quem não se interessa por política é ser governado por quem se interessa.”
Escrita há séculos, a frase de Platão segue atual porque continua a nos convocar à responsabilidade coletiva. É sob esse entendimento que Alvino de Souza e Silva inicia sua trajetória como presidente do Conselho de Administração do Observatório Social do Brasil – São Paulo, exercendo a função de forma voluntária e defendendo uma cidadania ativa, informada e comprometida com a vida pública.
Sua chegada ao Conselho do OSB-SP não representa uma ruptura, mas a continuidade natural de uma trajetória construída em ambientes complexos, nos quais governança, método e pessoas sempre foram determinantes. Ao longo de sua carreira, Alvino transitou pela indústria eletroeletrônica, pela tecnologia, pelo varejo financeiro e pelo terceiro setor, formando um repertório sólido para compreender como os sistemas se organizam, onde surgem os riscos e de que maneira o impacto sustentável se constrói ao longo do tempo.
“A participação cidadã vai além do voto. Ela começa quando as pessoas acompanham, questionam e buscam entender como os recursos públicos são utilizados”, afirma. Essa visão sustenta sua atuação, ao longo de mais de duas décadas, em conselhos de administração, consultivos e fiscais de organizações da sociedade civil, incluindo quatro anos à frente da presidência do Instituto GESC.
No Observatório Social do Brasil – São Paulo, Alvino encontrou uma organização alicerçada em valores claros, metodologia consistente e um corpo de voluntários profundamente engajado. Ao mesmo tempo, identificou um desafio comum às instituições que amadurecem e ampliam sua atuação: crescer com estrutura, sem perder identidade.
“O OSB-SP já possui bases muito sólidas. O próximo passo é ampliar parcerias, fortalecer o uso da tecnologia e ganhar escala, para que o controle social alcance mais pessoas e gere ainda mais impacto”, explica.
A vivência no setor privado deixou aprendizados que continuam orientando sua atuação. Processos bem definidos, avaliação constante de riscos e estruturas capazes de funcionar independentemente de pessoas específicas permanecem como princípios centrais. No terceiro setor, no entanto, veio um aprendizado complementar e igualmente essencial: respeitar o tempo das construções coletivas.
“Nem tudo acontece na velocidade do mercado. Aqui, o ritmo é outro, e compreender esse tempo faz parte da maturidade institucional”, reconhece.
Essa combinação entre rigor técnico e escuta atenta orienta sua forma de liderar. Em vez de centralizar decisões, Alvino aposta no fortalecimento de equipes, no desenvolvimento de pessoas e na criação de ambientes colaborativos, capazes de sustentar inovação com responsabilidade. Assim, conceitos como relacionamento, visão estratégica e otimização de processos deixam de ser abstrações e se traduzem em prática cotidiana.
Para o futuro, o caminho é claro: construir um Observatório cada vez mais presente, conectado e relevante para a cidade de São Paulo, apoiado por uma ampla rede de voluntários e por parcerias com universidades, empresas e organizações comprometidas com a transparência, a ética e o uso responsável dos recursos públicos.
“Queremos que mais pessoas conheçam seus direitos e percebam, na prática, um retorno justo dos impostos que pagam”, afirma.
A trajetória de Alvino de Souza e Silva demonstra que experiência profissional e engajamento social não apenas coexistem, mas se fortalecem mutuamente. Quando o conhecimento técnico se alia à cidadania ativa, a política deixa de ser um espaço distante e passa a se tornar um território de responsabilidade compartilhada.
Quer fazer parte dessa rede que transforma atenção em controle social?
Conheça o trabalho do Observatório Social do Brasil – São Paulo e descubra como contribuir para o fortalecimento da transparência dos gastos públicos.